Por Equipe
Historicamente, a mulher brasileira é a das que mais
empreende no mundo. Várias pesquisas mostram que esse número tem crescido
bastante em todo Brasil, bem como na região de Petrolina e Juazeiro. Diferentes
são os motivos para que elas procurem cada vez mais se tornarem empreendedoras.
O desenvolvimento é notório na sociedade e mesmo com todas as dificuldades
ela busca cada vez mais sua independência.
Visando a independência financeira e realização profissional
ou mesmo o sustento da família, as mulheres já ocupam um lugar de peso na
economia nacional. Segundo dados da Global Entrepreneurship
Monitor - GEM – entidade que pesquisa
índices de empreendedorismo mundial, as brasileiras estão entre as mulheres que
mais se lançam ao empreendedorismo. Somente, no ano de 2010, entre os
empreendedores iniciais, 49,3% eram
mulheres, essa foi uma conquista
delas, que agora estão em um novo parâmetro e lutando de igual para igual com
os homens.
Considerando esse percentual e com a finalidade de
valorizar e incentivar a participação da mulher, foi criado o Prêmio Sebrae
Mulheres de Negócio, uma iniciativa do Sebrae, em parceria com a Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres e Federação das Associações das Mulheres
de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW), que conta com o apoio técnico da
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ),em
Juazeiro.
Essas iniciativas surgem através de
financiamentos do SEBRAE em parcerias com Bancos ou Associações com outras
pessoas. As mulheres empreendedoras do Vale do São Francisco por meio dessas
parcerias vêm aumentado à renda familiar e obtendo uma autonomia
financeira. As funções mais comuns são
proprietárias de salões de beleza, lojas de roupas, artesanato, entre outras
atividades. Atualmente elas não trabalham apenas para serem chefes de família,
pois o perfil delas têm sido de empreendedoras.
É visível a satisfação da mulher brasileira que consegue montar seu negócio. Conquistar independência é um sonho e uma conquista de espaço no mercado. É o caso de Edlaine Nascimento, uma jovem empreendedora da cidade de Juazeiro, que atualmente montou uma loja de produtos evangélico na cidade. Ela aplica em sua empresa sua experiência de ter trabalhado como administradora e gerente em outro estabelecimento e afirma que a experiência é cansativa mas prazerosa e muito satisfatória e vale apena.
É visível a satisfação da mulher brasileira que consegue montar seu negócio. Conquistar independência é um sonho e uma conquista de espaço no mercado. É o caso de Edlaine Nascimento, uma jovem empreendedora da cidade de Juazeiro, que atualmente montou uma loja de produtos evangélico na cidade. Ela aplica em sua empresa sua experiência de ter trabalhado como administradora e gerente em outro estabelecimento e afirma que a experiência é cansativa mas prazerosa e muito satisfatória e vale apena.
Exemplos
de mulheres empreendedoras ocorrem também na cidade de Senhor do Bonfim, como a
empresária Vera Lúcia Santos Almeida, de 53 anos, que juntou força de vontade e trabalho para conseguir êxito. Mãe de dois filhos e viúva começou no mercado
informal, vendendo utensílios de alumínio junto com sua tia. Logo, aos 15 anos,
ingressou em uma fábrica de lentes, trabalhando depois como atendente em várias
óticas, até resolver abrir seu próprio negócio em 2010, pois percebeu que o
assunto que melhor conhecia era relacionado a produção e manutenção de óculos.
Dessa forma, ela procurou financiamentos em bancos para investir em seu próprio
negócio. Porém, no inicio, teve algumas dificuldades na finalização da obra e
passou alguns meses com a ótica de portas fechadas, mais isso não a impediu de
prosseguir e, atualmente com um ano e dois meses de inauguração, a proprietária
da ótica Bela Vista já conta com 768 clientes e está satisfeita com os
resultados. “Ser dona do meu negócio é melhor, eu ganhava na faixa de 700 reais
por mês, mas não podia nem sair para almoçar, logo que fiquei viúva não podia
dar nada a meus filhos, hoje eu compro o que quero,” enfatizou a empresária.
Outro Exemplo de Conquista no Empreendedorismo
A empresária Ana Cláudia Matos da Silva
Rodrigues, aos 31 anos, em parceria com o marido, é dona de uma loja de
cosméticos há 10 anos. Segundo ela, a idéia surgiu quando lecionava e o então
noivo era dono de uma distribuidora de cosméticos. Resolveram montar uma loja
que inicialmente ocupava um quarto do espaço atual, tendo sido ampliada após um
ano e meio de funcionamento. Com o crescimento da loja seu marido, desfez o
antigo negócio e passou a atuar apenas na loja. A empreendedora divide com o
seu companheiro as tarefas referentes a administração e contabilidade, todavia
o gerenciamento dos doze funcionários e questões relativas ao atendimento e
caixa ela mesma vistoria pessoalmente. Para superar os concorrentes, Ana
realiza semestralmente cursos de capacitação para manter-se informada sobre as
novas tendências e produtos. Ela diz que a maior dificuldade para se manter no
negócio é a carga tributária e as exigências legais crescentes, além disso, a
inadimplência e o curto prazo oferecido pelos fornecedores também dificultam,
mas, pela sua experiência, o maior desafio para quem pretende ingressar neste
ramo é a falta de conhecimento no setor. De acordo com a comerciante, durante o
tempo em que atua no comércio de Senhor do Bonfim. Já viu fechar cinco lojas de
cosméticos na cidade.
Ela considera que seu êxito deve-se a
variedade de produtos e ao bom atendimento, motivo este pelo qual obteve o
reconhecimento pelo quarto ano consecutivo, junto ao SEBRAE, CDL e Associação
Comercial de Senhor do Bonfim, acreditando que tal fato influenciou na escolha
de seu nome para a vice-diretoria, além disso, também atua como representante
no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e é Secretária do Sindicato do
Comércio local. Em médio prazo, ela pretende oferecer cursos de
capacitação aos funcionários e construir um centro técnico, como forma de
ampliar cada vez mais o negócio. “Só não busco preço porque acho que não é isso
que fideliza o cliente hoje”, acredita.
O Grande Desafio
Para
Rodrigo Teles, diretor geral do Instituto Endeavor, o grande desafio,
principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil, é multiplicar o
número desses empreendedores que geram emprego, renda e melhoram a vida de
milhares de brasileiros. E isso só será feito com investimentos contínuos em
programas e políticas de apoio ao empreendedorismo. A
partir de meados da década de 1990, o termo “empreendedorismo” começou a ficar
conhecido em todo o mundo. Desde então, diversas são as iniciativas em
todas as regiões do país, desde o investimento em educação empreendedora e em
pesquisa e desenvolvimento de novas
tecnologias e a facilidade de acesso a capital até as melhorias no ambiente
regulatório e a disseminação da atitude empreendedora.
Em
alguns casos, prover o sustento da família é o que impulsiona a busca do
próprio negócio. Foi o que aconteceu com a empresária do ramo de roupas e
acessórios, Necy Francisca de Alencar de 64 anos,
que está no ramo há mais de 30 anos. Ela passou a sustentar três filhos em 1976 quando o marido a abandonou. Inicialmente, trabalhou como sacoleira em Feira de
Santana e depois se mudou para Petrolina onde conseguiu estabelecer comércio
fixo no centro da cidade, aos poucos, foi adquirindo uma clientela fiel. Sustentou
os filhos, estudando em escolas da rede particular, que também seguiram o mesmo
ramo, um deles é um bem sucedido comerciante de vendas em atacado e varejo.
Segundo ela, no início foi difícil assumir o papel de chefe da família tendo
como fonte, apenas um trabalho informal e devido à responsabilidade de criar os
filhos sozinha. As despesas fixas eram incompatíveis com um salário instável.
Hoje, no entanto tem orgulho da profissão que seguiu e da habilidade
desenvolvida nesse ramo ao longo do tempo.
Associação
das Mulheres Rendeiras de Petrolina
Em
Petrolina, a Associação das Mulheres Rendeiras do bairro José e Maria promove
discussão sobre os direitos e deveres das mulheres através de encontros
semanais, bem como oferece atividades ligadas ao artesanato e culinária. A partir
desses trabalhos, como uma força de geração de renda, elas ganham experiências
para desenvolver suas habilidades e contribuir com o orçamento familiar. Um
exemplo de conquista é o da fundadora e presidenta da Associação Angelita Maria
dos Santos, que dá apoio e incentivo para as mulheres da comunidade. Ela diz
que a Instituição prepara as
mulheres para o mercado de trabalho, dando oportunidade de terem uma segunda
renda na família além de utilizarem o espaço como uma forma de concentração. A
cooperativa se torna uma forma de complemento no orçamento. Os produtos são
feitos a médio e longo prazo e sempre dando espaço as integrantes, pois
elas fazem mais de um serviço para obterem renda. A
importância do grupo não está somente em gerar renda, mas serve também como uma
terapia, pois dá possibilidade para mulheres que chegam à cooperativa com
problemas psicológicos e sem emprego. À medida que vão desenvolvendo as
atividades, elevam a estima. Atualmente, são mais de 30 mulheres que
participam e mantém a Associação, porém elas buscam emprego fora da Associação
pela necessidade que elas têm. “Elas precisam buscar outras coisas paralelas a
essa atividade, um emprego ou uma faxina porque as peças que elas produzem hoje
não garantem que sejam vendidas no mesmo dia e a necessidade é urgente, por
isso elas precisam fazer um pouquinho aqui e pouquinho lá fora para poder se
manter”, enfatizou Angelita Maria.
Tecnologias ajudam no empreendendorismo
A
capacidade de empreender faz a diferença nos processos de desenvolvimento socioeconômico
das nações. Por isso, torna-se cada vez mais importante conhecer, com
segurança, os diferentes perfis de empreendedores, quais os fatores e motivos
que os levam a empreender e como empreendem. Entre 42 países do mundo, o Brasil ocupou, em 2008, o terceiro lugar em termos
de participação de jovens em atividades
empreendedoras. Por outro lado, no que diz respeito ao público idoso, o Brasil
ocupa a trigésima posição.
Embora
sendo um dos países mais empreendedores do mundo o Brasil apresenta a mais baixa proporção de
uso de tecnologias novas em relação a países coimo: Argentina, Bolívia, Chile,
Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai, Rússia, Índia e Africa do Sul:
somente 1,7% dos empreendimentos iniciais e 0,7% dos empreendimentos estabelecidos
usam tecnologias disponíveis há menos de um ano. No caso de uso de novas
tecnologias, também se destacam: Chile, com 33%, Índia, com 28%, e África do
Sul, com 25%, segundo dados de pesquisa realizada pelo (falta dizer qual é a fonte do contrário não tem nexo nem finalidade)
Devido a importância do empreendendorismo, a PLANTEC, uma empresa de
assistência técnica contratada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale (CODEVASF), procura estimular a geração de renda entre as mulheres que não têm um emprego
fixo. Dessa forma, a empresa incentiva o trabalho coletivo estimulando o
associativismo e também realizando encontros que divulgam o trabalho dessas
mulheres. Para a moradora do
Perímetro Irrigado Bebedouro, Maria dos Santos Alencar, o encontro foi bastante
proveitoso. “Acho muito importante participar de um evento como esse em que a
Codevasf e a Plantec dão mais atenção para nossa comunidade dos núcleos dos
perímetros, principalmente a nós, mulheres”, ressaltou. A
assistente social do projeto, Eucilene Rodrigues, enfatizou sobre a importância
desse trabalho. “A gente traz e mobiliza cursos através do SENAI, SEBRAE, e
estamos sempre buscando parcerias com a Secretaria da Mulher e com a
prefeitura”, diz Eucilene.
_______________________________________________________________________
O
analista do Sebrae de Juazeiro(BA) Carlos Cointero fala que grande parte
das mulheres se tornam empreendedoras
para obter uma independência financeira e que a instituição apoia por meio de
cursos profissionalizantes, palestras. O Sebrae também encaminha as pessoas para obterem financiamento para montarem seus
negócios. Segundo Carlos Cointeiro, fortalecer ideias e colocá-las em
práticas é um dos objetivos da Instituição de fomento.
O
emprendendorismo feminino vem ganhando cada vez mais espaço na economia
nacional e chama a atenção para essa contribuição das mulheres,
não só para o desenvolvimento, mas também para ampliação de políticas públicas que favoreçam
tais iniciativas como na geração de novos estudos sobre os impactos dessa
realidade na sociedade de modo geral, pois com conhecimento especializado o avanço feminino na economia é inegável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário